Memorial

Conheça o Memorial

O Memorial Deputado Christovam Chiaradia, situado na sede da Câmara Municipal de Vereadores de Córrego do Bom Jesus é um espaço cultural a disposição de toda população interessada em saber um pouco mais da vida pessoal e política de Christovam Chiaradia.

Natural de Córrego do Bom Jesus, “Cris” como era chamado pela sua esposa, Antônia Pereira Araújo, deixou lembranças que podem ser recordadas ao fazer uma visita no Memorial.

Diplomas, certificados, livros, roupas, objetos pessoais estão entre os destaques de todo acervo disponível a visitação. As pessoas assíduas por política, o material de campanha utilizado pelo Deputado durante vários períodos eleitorais do qual participou é de chamar a atenção.

Dentre as raridades estão às medalhas e os prêmios de honra ao mérito, além de inúmeros títulos de cidadania de várias cidades do Sul de Minas. A você que queira saber um pouco sobre à vida do político que fez história não só no sul de Minas, mas no Brasil inteiro, está convidado a visitar o Memorial de segunda a sexta-feira, das 8hs às 17hs.

Deputado Christovam Chiaradia

Christovam Chiaradia, homem simples, digno e forte, entrou, com determinação, para nossa história como representante do povo sul – mineiro na Assembléia Legislativa de Minas Geral e também como representante desse Estado no Congresso Nacional, funções que, exercidas com habilidade, eficiência e responsabilidade, configuraram-lhe grandeza na vida política do nosso Brasil. Christovam Chiaradia nasceu em Córrego do Bom Jesus (Minas Gerais) em quatro de Setembro de 1931, sendo seus pais Miguel Chiaradia e Isolina Antunes do Nascimento. Foi batizado no Santuário do Senhor Bom Jesus, pelo então pároco de Cambuí, Pe. Antônio Paschoal, em nove de setembro de 1931, apadrinhado por Antônio Raymundo do Nascimento e Francisca de Jesus.

Passou a infância em Córrego do Bom Jesus ao lado dos seus 12 irmãos e aprendeu as primeiras letras nas Escolas Reunidas Professor Maximiano Lambert com a professora Mercedes Guiomar de Salles. Concluiu o curso primário em 1943 com a professora Maria Finamor Farago e revelou-se fascinado com a idéia de continuar os estudos.

Em 1947 foi para Pouso Alegre onde fez o curso ginasial no Colégio São José, época em que novos relacionamentos e experiências acrescidas de conhecimento históricos e literários deram-lhe consciência da verdadeira cidadania e lhe despertaram o ideal político. Concluindo o curso ginasial, foi para Bragança Paulista (SP) no inicio de 1952. Lá cursou o científico e fez o curso de Contabilidade na Escola Técnica Rio Branco.

Em 1955, mudando-se para Belo Horizonte, “lhe vieram os primeiros efeitos de sua fineza no trato com as pessoas”. Fez o curso de Administração Municipal do DAM da Secretaria do Interior de Minas Gerais e começou a trabalhar como procurador de prefeituras. Foi nesse tempo que se viu chamado para a sua grande vocação – o Direito.

No início de 1957, ingressou na Universidade de Minas Gerais, hoje, UFMG e, nessa época, trabalhou como secretário do então Deputado Estadual Crizanto Muniz, natural de Ouro Fino. O tempo de convivência com os grandes mestres da Augusta Casa de Afonso Penna completou-lhe a formação e, em 1961, bacharelou-se com o firme propósito de lutar pela justiça e pela causa pública. Com escritório de advocacia e procuratórios em Belo Horizonte, teve a oportunidade de atender e representar pessoas nas diversas repartições, o que veio ajudá-lo a definir sua nobre vocação – a política.

Em 1962, candidatou-se a Deputado Estadual pelo PDC (Partido Democrático Cristão). Embora com boa votação, não conseguiu eleger-se. Em 1966, foi eleito Deputado Estadual pelo PDS (Partido Democrático Social) e trabalhou com afinco pelos municípios que o elegeram. Era o início da grande missão a que se propôs: a missão de servir.

Em 1970, foi reeleito Deputado Estadual pela Arena (Aliança Renovadora Nacional) com 14.671 votos. Nesse mandato foi Secretário da Comissão Executiva da Assembléia, Presidente das Comissões de Saúde, Finanças e Assuntos Regionais. Em 1973 foi escolhido pelo Centro de Cronistas Políticos e parlamentares como “o Melhor Deputado Estadual do Ano”, fruto de sua atuação na Assembléia Mineira como representante dos diversos municípios aos quais dedicou seu trabalho. Sua candidatura e vitória nas eleições de 1974, 33.464 votos, novamente demonstraram o seu real espírito público.

Em 1978 entregou-se ao novo projeto de se candidatar a Deputado Federal. E no início de 1979, tomou posse na Câmara dos deputados, em Brasília, tendo obtido 57.400 votos. Nessa legislatura, no ano de 1981, representou a Câmara Federal no Congresso de Turismo, em Roma, Itália.

Em 1982, reelegeu-se Deputado Federal com expressiva votação de 64.207 votos. Um ano depois, ao tomar posse no cargo de presidente do PDS Regional, deixou claro o seu pensamento: “Entendo que a melhor maneira de servir ao povo é desempenhar a atividade política”(…) “Numa democracia todos têm uma missão a cumprir. Cada um é responsável por todos. E a responsabilidade mais alta está com aqueles que influem diretamente nos destinos da Pátria”.

No final de 1984, ingressou no PFL (Partido da Frente Liberal) ajudando a viabilizar a candidatura do ilustre Tancredo Neves à Presidência da República, cultuando, assim, as tradições políticas de Minas Gerais.

Em 1985, a sete de maio, casou-se, em Brasília, com a Sra. Antônia Pereira Araújo, há muitos anos companheira fiel e dedicada. Continuando a militância política, em 1986 foi eleito Deputado Federal Constituinte com 36.889 votos. Cooperou nos trabalhos de elaboração da Constituição, fazendo parte da Comissão de Sistematização e participando das subcomissões de Direitos Políticos, dos Direitos Coletivos e Garantias Individuais. Mesmo ocupando um alto posto na vida pública, continuava fiel às origens e ligado ao povo sul – mineiro

Em 1988, recebeu do Governo Venezuelano em visita oficial do Presidente Sarney a Caracas, a medalhada Ordem Francisco de Miranda. Em 1990, novamente foi eleito para Câmara Federal com 25.887 votos. Continuava sua trajetória política, falando de seus projetos, demonstrando se um alto defensor da convicção dever um Brasil melhor. E foi cumprindo esse mandato que Christovam Chiaradia, no dia 11 de setembro de 1991, ocupando a Tribuna da Câmara Federal para homenagear Tancredo Neves, parecia despedir-se do povo, dos correligionários, dos amigos, do mundo enfim.

Suas últimas palavras frisaram o que já falara daquele estadista em 1985: “A morte não surpreende um sábio. Ele está sempre pronto a partir”. E no momento em que descia da Tribuna foi acometido de um mal súbito que ocasionou sua morte. Nesse instante de agonia, quem sabe, sua mente não tenha se reportado aos seus entes queridos, sua terra natal, terra essa – a nossa pequena Córrego do Bom Jesus – que tornou-se grande no cenário político nacional através da atuação digna de seu filho dileto.

“Nem a morte lhe roubou esta glória”

Maria Aparecida Chiaradia Finamor e Silva

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Mais informações
(35)-3432-1588

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